Terapeuta x Filho – 7 dicas

Muitas vezes, pais frustrados se perguntam como eles podem convencer seu filho adolescente a ir falar com um terapeuta especializado, uma vez que percebem que ele ou ela parecem estar passando por algum problema como ansiedade, depressão, etc.

As queixas dos pais costumam ser mais ou menos assim: “Meu filho acha que eu sou a louca e que devo ir no lugar dele…” ou “Minha filha não quer contar a um ‘estranho’ seus problemas pessoais…” ou “Nossa filha acha que você vai me contar tudo o que ela disser depois que a sessão acabar…” ou “Nosso filho veio à nossa sessão conjugal e acha a terapia chata”.

Estas são apenas algumas razões entre muitas pelas quais os adolescentes podem rejeitar a ideia de terapia. Mas, você, como pai, está preocupado e quer ajudar seu filho, certo? Por isso, aqui estão sete maneiras de lidar com essas queixas e incentivar seu filho adolescente a fazer terapia:

 

  1. Apresente seu adolescente a um conselheiro familiar antes que surjam problemas

Muitos adolescentes se sentem intimidados com a perspectiva de compartilhar informações pessoais com um terapeuta, e por boas razões. Antes de uma primeira reunião, os terapeutas começam como estranhos. Não é de se admirar que os adolescentes resistam à terapia.

Por que esperar até que seu filho adolescente esteja em crise antes de encorajar uma primeira consulta com um terapeuta? Agendar uma sessão única para conhecer o terapeuta é uma ótima maneira de dissipar equívocos sobre a terapia e construir uma conexão inicial.

Essa visita única também dá ao adolescente a oportunidade de entrevistar o terapeuta e dar uma opinião sobre ele e sobre a terapia em geral. Os adolescentes geralmente ficam surpresos e satisfeitos quando aproveitam a sessão inicial e podem contar seus maiores medos sem julgamento aparente.

 

  1. Assuma a liderança e vá para o aconselhamento

Nada fala mais alto para nossos filhos do que nossas próprias ações. Sua disposição para participar da terapia ajuda a normalizar o processo de terapia para seus filhos. Você pode tentar uma terapia familiar, por exemplo.

De fato, antes de iniciar a terapia, comece a criar uma cultura familiar onde a vulnerabilidade seja permitida e respeitada. Ser vulnerável não significa que algo está errado com você, mas mostra que você é corajoso o suficiente para crescer.

Sentimo-nos à vontade para fazer ajustes em nossos carros, verificar se há vírus em nossos computadores de última geração. Por que não teríamos tempo e disposição para cuidar de nossas mentes?

 

  1. Esteja aberto

Fique aberto à ideia de que você, como pai, pode estar contribuindo para o problema. Às vezes é difícil ver o seu próprio papel no problema de um adolescente quando ele está agindo, gritando e desafiando suas regras. Mas as questões psicológicas não ocorrem no vácuo.

Na verdade, todos os problemas psicológicos, mesmo os distúrbios neurológicos, ocorrem dentro de um ambiente. O ambiente mais básico para um adolescente é sua vida doméstica, então é claro que a família desempenhará um papel na saúde psicológica do adolescente.

Sua humildade e vontade de reconhecer que você pode estar desempenhando um papel no problema dele podem ajudá-lo a fazer o mesmo.

 

  1. Dê ao seu adolescente a liberdade e privacidade da terapia

Os adolescentes também querem se sentir respeitados. Na terapia, esse respeito começa com a privacidade. Permitir que seu filho confie em um estranho pode parecer antinatural. Você investiu seu tempo e suas finanças para criar esse adolescente e agora um estranho tem mais informações sobre ele do que você.

Mas, por mais tentador que seja fazer perguntas ao seu filho adolescente sobre a terapia dele, por favor, saiba que seu filho vai resistir à terapia se o que ele disse ao conselheiro voltar para você – seja coagido por um dos pais ou vazado pelo terapeuta.

A confidencialidade é a pedra angular do aconselhamento bem-sucedido, mas existem algumas exceções à confidencialidade como em casos de tentativa de suicídio, atentado contra a vida de outra pessoa, entre outros. É muito válido que você pergunte ao seu futuro terapeuta sobre essas exceções.

Mãe tentando fazer filha falar com a terapeuta

 

  1. Explique que a terapia especializada é projetada para adolescentes

Terapeutas habilidosos e especializados em adolescentes abordarão a terapia de maneira diferente do que fariam para adultos ou até crianças mais novas.

Conectar-se com um adolescente geralmente envolve atender às coisas que interessam a ele – por exemplo, música, relacionamentos, liberdade, esportes, seu carro novo, eventos na escola etc. Tudo isso importa para o terapeuta.

O terapeuta também não é o “terceiro pai” do adolescente. Embora ele geralmente concorde com a perspectiva de um pai, ele também defenderá o adolescente para os pais.

A tentativa de um adolescente de resolver um problema com a família pode parecer uma atuação em vez de um diálogo construtivo. Assim, o profissional pode ajudar seu filho a expressar suas preocupações de uma maneira mais produtiva e construtiva.

 

  1. Ganhe através da negociação

Você pode ganhar alguma vantagem com seu filho adolescente através da negociação. Os adolescentes muitas vezes acreditam que não cometerão o mesmo erro – ou acreditam que não serão pegos novamente. Como tal, os adolescentes geralmente concordam com um adiamento condicional da terapia.

Use uma afirmação como “Podemos deixar de lado a terapia por enquanto se você concordar que irá de bom grado se seu comportamento declinar para tal ponto (crie um ponto mensurável)”.

Certifique-se de seguir com o aconselhamento se o seu filho adolescente cruzar esse ponto mensurável que você especificou. Eles encontrarão muitas razões pelas quais cruzar o ponto não conta. Siga rigidamente com isso e agende uma sessão inicial.

Outros adolescentes, que temem cruzar esse ponto mensurável, vão estar à altura da ocasião e melhorar o seu comportamento – se não por outro motivo, para evitar a terapia. Se o comportamento é o problema, então missão cumprida!

 

  1. O uso da força deve ser a última opção!

Use a força como último recurso. Se os problemas do seu filho adolescente estiverem fora de controle ou assustadores o suficiente, talvez você precise forçar o problema. Exemplos de tais questões podem incluir problemas legais, riscos à saúde e vida, abuso de drogas, fugas, etc.

Mas mesmo por razões tão assustadoras, você deve encorajar a participação voluntária em vez de forçar o problema. O atendimento voluntário se correlaciona com melhores resultados de tratamento.

Se um adolescente estiver em perigo e não estiver disposto a procurar ajuda voluntariamente, talvez seja necessário entrar em contato com a polícia ou ligar para um hospital psiquiátrico.

 

Chame um terapeuta

Incentivar seu filho adolescente a fazer terapia pode ser um desafio. Mesmo com as sete sugestões acima, ele ainda pode ter dúvidas peculiares quanto a frequentar a terapia.

Tente fazer seu filho entender que ele não deve ter medo de compartilhar suas preocupações com seu futuro terapeuta. Um profissional dedicará tempo para entender as reservas de seu adolescente e criar um ambiente que seja acessível e agradável para ele.

Se você está procurando ajuda e não sabe por onde começar, fale conosco. A Clínica Jequitibá possui excelentes profissionais das mais diversas áreas da saúde mental que estão dispostos a te ajudar. Entre em contato ainda hoje e já tire suas dúvidas!

Fonte: Cherry Hill Counseling

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