Alzheimer… Você não está sozinho!

No Brasil, mais de 1 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência, entre elas o Alzheimer. Em todo o mundo, ao menos 44 milhões de pessoas vivem com demência, tornando a doença uma crise global de saúde que deve ser resolvida.

Um diagnóstico de Alzheimer muda a vida da pessoa portadora da doença, além da vida de seus familiares e amigos, mas atualmente há informações e suporte disponíveis.

A Clínica Jequitibá Saúde Mental tem uma equipe de profissionais experientes e capacitados para ajudar você – ou alguém que você conhece – a identificar se a perda de memória ou outros sintomas são mesmo um início de demência ou problemas decorrentes de outras causas como, por exemplo, efeitos colaterais de medicamentos e deficiências de vitaminas, nesse caso, reversíveis.

Ninguém precisa enfrentar a doença de Alzheimer ou qualquer outra demência sozinho. Agende um horário e saiba como podemos ajudar.

O que é Alzheimer?

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. 

A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado.

Neurônios de paciente com Alzheimer
Neurônios de paciente com Alzheimer
Jannis Productions. Rebekah Fredenburg, animação computadorizada; Stacy Jannis, ilustração/direção de arte.

Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

O que causa o Alzheimer?

A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.

Quais os estágios (fases) da doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:

  • Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
  • Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.
  • Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.
  • Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

IMPORTANTE: Nos casos mais graves do Alzheimer, a perda da capacidade das tarefas cotidianas também aparece, resultando em completa dependência da pessoa. A doença pode vir ainda acompanhada de depressão, ansiedade e apatia.

Quais são os sintomas do Alzheimer?

O primeiro sintoma, e o mais característico, do Mal de Alzheimer é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

Perda de memória recente é um dos primeiros sintomas de Alzheimer

Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão:

  • falta de memória para acontecimentos recentes;
  • repetição da mesma pergunta várias vezes;
  • dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
  • incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
  • dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
  • dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimento pessoais;
  • irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Quais são os fatores de risco da Doença de Alzheimer?

Alguns fatores de risco para o Alzheimer são:

  • A idade e a história familiar: a demência é mais provável se a pessoa tem algum familiar que já sofreu do problema e o avanço da idade é o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença, sendo que a maioria das pessoas diagnosticadas com Alzheimer tem 65 anos de idade ou mais;
  • Doença cardiovascular: as pesquisas sugerem que a saúde do cérebro está fortemente relacionada com a saúde do coração e dos vasos sanguíneos. O cérebro obtém do sangue o oxigênio e nutrientes necessários para o seu funcionamento normal, e o coração é o responsável por bombear sangue para o cérebro. Portanto, fatores que causam doenças cardiovasculares também podem estar relacionados com um maior risco de desenvolvimento de Alzheimer e outras demências, incluindo fumar, obesidade, diabetes, alto colesterol e alta pressão sanguínea na meia-idade;
  • Baixo nível de escolaridade: pessoas com maior nível de escolaridade geralmente executam atividades intelectuais mais complexas, que oferecem uma maior quantidade de estímulos cerebrais.

IMPORTANTE: Quanto maior for a estimulação cerebral da pessoa, maior será o número de conexões criadas entre as células nervosas, chamadas neurônios. Esses novos caminhos criados ampliam a possibilidade de contornar as lesões cerebrais, sendo necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. Por isso, uma maneira de retardar o processo da doença é a estimulação cognitiva constante e diversificada ao longo da vida.

Como prevenir a Doença de Alzheimer?

A Doença de Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção específica, no entanto os médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos e estilos, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença. 

Com isso, as principais formas de prevenir, por exemplo, são:

  • Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa.
  • Fazer exercícios de aritmética.
  • Jogos inteligentes.
  • Atividades em grupo.
  • Não fumar.
  • Não consumir bebida alcoólica.
  • Ter alimentação saudável e regrada.
  • Fazer prática de atividades físicas regulares.

Como é feito o diagnóstico da Doença de Alzheimer?

O diagnóstico da Doença de Alzheimer é por exclusão. O rastreamento inicial deve incluir avaliação de depressão e exames de laboratório com ênfase especial na função da tireoide e nos níveis de vitamina B12 no sangue. 

Qual o médico pode diagnosticar e tratar o mal de Alzheimer?

O Alzheimer pode ser tratada pelo psiquiatra geriatra ou por um neurologista especializado no tratamento da Doença de Alzheimer.

Como saber se uma pessoa está com Alzheimer?

O diagnóstico do Alzheimer no paciente que apresenta problemas de memória é baseado na identificação das modificações cognitivas específicas. Exames físicos e neurológicos cuidadosos acompanhados de avaliação do estado mental para identificar os déficits de memória, de linguagem, além de visoespaciais, que é a percepção de espaço.

Vale ressaltar que o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e em tempo oportuno é fundamental para possibilitar o alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença.

Fontes:

https://saude.gov.br/saude-de-a-z/alzheimer

https://www.alz.org/br/demencia-alzheimer-brasil.asp

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