A Síndrome do Pânico é uma doença que é marcada pela ocorrência repentina e inesperada de crises de ansiedade aguda, com picos de medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes.
Durante um ataque de pânico, o indivíduo pode apresentar pelo menos quatro dos sintomas abaixo:
- Medo de morrer;
- Medo de perder o controle e enlouquecer;
- Despersonalização (impressão de desligamento do mundo exterior, como se a pessoa estivesse vivendo um sonho) e desrealização (distorção na visão de mundo e de si mesmo que impede diferenciar a realidade da fantasia);
- Dor e/ou desconforto no peito que podem ser confundidos com os sinais do infarto;
- Palpitações e taquicardia;
- Sensação de falta de ar e de sufocamento;
- Sudorese;
- Náusea;
- Desconforto abdominal;
- Tontura ou vertigem;
- Ondas de calor e calafrios;
- Adormecimento e formigamentos;
- Tremores, abalos e estremecimentos.
Como se dão as crises de Síndrome do Pânico?
A primeira crise de síndrome do pânico pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma manifestar-se na adolescência ou no início da idade adulta. Sem motivo aparente, geralmente atinge mais as mulheres do que os homens, devido a fatores hormonais.
O episódio pode repetir-se, de forma aleatória, várias vezes no mesmo dia ou demorar semanas, meses ou até anos para surgir novamente. Pode também ocorrer durante o sono.
Ainda não foram esclarecidas as causas do transtorno do pânico, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais, estresse acentuado, uso abusivo de certos medicamentos (anfetaminas, por exemplo), drogas, álcool e quadros de depressão possam estar envolvidos.
O que fazer durante as crises?
Durante a crise, o indivíduo pode tomar algumas ações importantes, como a concentração e o controle da respiração para relaxamento dos músculos tensos (face, nuca, pescoços, braços, tórax e outros). Também pode ser usadas técnicas de distração e meditação, como conversas e músicas suaves. Além de manter foco em um objeto e em sensações físicas familiares, acomodação em um local calmo, agradável e bem ventilado.
Como a causa principal do pânico é o medo incontrolável, como medo de morrer, de perder o controle e de que algo muito ruim pode acontecer, é necessário afastar e evitar esses pensamentos negativos ao máximo. Por mais difícil que seja contê-los, deve-se priorizar sentimentos de fé, coragem, positividade e de que tudo irá passar e ficar bem.
Tratamento
A busca por um profissional é o primeiro passo para o tratamento. É fundamental saber que o principal objetivo é reduzir o número de crises, assim como sua intensidade e recuperação mais rápida.
As duas principais formas de tratamento da Síndrome do Pânico são os medicamentos e a psicoterapia, que é, geralmente, a primeira opção.
Existem diversas formas de psicoterapia, mas a que possui resultados positivos é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Comportamental. Ela ajuda a entender os ataques de pânico, como lidar no momento em que acontecerem e como ter uma vida cotidiana normal sem medo.
Procure ajuda e encontre o diagnóstico e tratamento corretos.
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