O transtorno bipolar, ou doença maníaco-depressiva, é um transtorno cerebral que causa mudanças no comportamento de uma pessoa, levando a oscilações entre momentos de felicidade e depressão repentinamente.
Essas alternâncias têm frequência variada, assim como a intensidade do quadro, que pode ser leve, moderada ou grave. E afeta a capacidade do indivíduo realizar atividades do dia a dia.
Em geral, essa doença atinge cerca de 4% da população entre os 15 e 25 anos, e se manifesta tanto nos homens quanto nas mulheres. Porém também pode incluir crianças e pessoas mais velhas.
Tipos do Transtorno Bipolar
De acordo com os Manuais Internacionais de Classificação Diagnóstica, o transtorno pode ser classificado nos seguintes tipos:
Transtorno Bipolar I – o paciente apresenta episódios maníacos (euforia ou irritabilidade) que duram pelo menos 7 dias. Também ocorrem períodos de depressão profunda, que se estendem de duas semanas a vários meses.
Isso provoca mudanças comportamentais que podem comprometer relacionamentos, o desempenho profissional e a segurança do indivíduo e das pessoas que com ele convivem. Dependendo da gravidade é necessária a internação devido o risco de suicídios e complicações psiquiátricas.
Transtorno Bipolar II – há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade). Nesse tipo, as alterações de humor não são muito evidentes.
Desordem ciclotímica (também chamada ciclotimia) – é definida como o quadro mais leve, sendo marcado por períodos de sintomas depressivos e oscilações crônicas de humor. Porém, os sintomas não atendem aos requisitos diagnósticos para um episódio hipomaníaco e um episódio depressivo.
Sinais e Sintomas
Os sintomas dependem do tipo e variam de pessoa para pessoa. No entanto, os indivíduos podem experimentar mudanças nos padrões de sono, na energia, níveis de atividade e mudanças de humor. Podem se sentir muito tristes e sem esperança, ao mesmo tempo em que se sentem bastante energizadas.
Causas
Ainda não se sabe ao certo a causa efetiva do transtorno. Entretanto, já foi comprovado que alguns fatores podem estar envolvidos, como fatores genéticos, problemas hormonais, traços biológicos, desequilíbrios cérebro-químicos e fatores ambientais, como eventos traumáticos e estresse.
Diagnóstico
O diagnóstico do transtorno bipolar é realizado por um médico psiquiatra, que pode garantir uma avaliação mental e completar um exame físico para descartar outras condições.
A análise é baseada no levantamento histórico e no relato dos sintomas pelo próprio paciente, por um amigo ou familiar. Além disso, o profissional acompanhará por algum tempo o padrão de comportamento e alterações de humor.
Tratamento
O transtorno bipolar não tem cura, mas o tratamento adequado pode ajudar as pessoas a levar vidas mais saudáveis e produtivas.
Geralmente, o plano de tratamento inclui uma combinação de medicação e psicoterapia, além de mudanças de hábitos, como o fim de consumo de substâncias psicoativas (cafeína, anfetaminas, álcool, por exemplo), alimentação equilibrada, sono regulado e redução dos níveis de estresse.
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