Neste artigo, você vai poder encontrar informação crível sobre perturbação mental e seus diferentes tipos.
Pensamos assim facilitar o (re)conhecer os sinais e sintomas, promover a procura de ajuda precoce e contribuir para uma decisão mais esclarecida sobre as modalidades de tratamento propostas pelo seu médico.
A informação contida neste artigo é para você, para um familiar, para um amigo, para qualquer pessoa que tenha interesse ou possa beneficiar da mesma:
Todas as formas de sofrimento pessoal podem traduzir um problema a necessitar de avaliação e tratamento.
Os problemas de saúde mental podem incluir alterações do pensamento, do humor, da energia e/ou do comportamento, traduzindo-se em sinais e sintomas.
Quando adquirem intensidade severa ou persistem no tempo, aliadas ao sofrimento e/ou disfunção, podem ser diagnosticadas como uma perturbação mental.
Nestas incluem-se as perturbações de ansiedade, do humor (depressão, perturbação bipolar), perturbação obsessivo-compulsiva, as psicoses, a esquizofrenia, entre outras.
Sinais Precoces
Como reconhecer sinais precoces de perturbação mental:
Saber os sinais precoces que podem anunciar uma perturbação mental, leva normalmente à procura de ajuda médica mais cedo, o que pode ajudar a reduzir a gravidade dos sintomas, ou mesmo atrasar ou prevenir a evolução de uma perturbação mental.
Muitas vezes é a família, os amigos, os professores, ou a própria pessoa que reconhecem “que qualquer coisa não está bem” relativamente ao pensamento, sentimentos, ou comportamentos, mesmo antes de todos os sintomas de uma perturbação mental surgirem.
Os sintomas das perturbações mentais mais graves (tal como a esquizofrenia e a perturbação bipolar) raramente surgem de repente.
A vergonha, o medo, a negação e outros sentimentos podem levar os doentes e/ou as famílias e amigos a não procurarem ajuda, mas hoje em dia é possível ajudar e tratar. Cada vez mais se sabe sobre as perturbações mentais e o tratamento tem evoluído de forma a ser mais seguro e eficaz.
E quais são os sinais que nos devem preocupar?
* Perda de interesse ou abandono do convívio com as pessoas habituais.
* Mudança na maneira habitual de funcionar (na escola, trabalho ou em casa).
* Problemas de concentração, memória, ou do pensamento lógico e da maneira de falar difíceis de explicar.
* Maior sensibilidade ao som, luz, cheiros e evitamento de locais barulhentos.
* Falta de vontade ou de desejo de participar nas atividades habituais, ou apatia.
* Uma vaga sensação de estar desligado de si próprio e dos que os rodeiam; uma sensação de irrealidade.
* Crenças pouco habituais ou exageradas acerca de poderes pessoais em compreender significados ou de mudar acontecimentos;
* Medo ou desconfiança dos outros ou uma estranha sensação de se sentir nervoso.
* Alterações graves no sono ou no apetite.
* Mudanças nos hábitos de higiene
* Mudanças grandes e rápidas nos sentimentos, ou nos níveis de energia.
Mitos
Com frequência as pessoas receiam falar sobre saúde mental, porque existem muitos mitos sobre as doenças mentais. É importante conhecer a realidade para combater a discriminação das pessoas com doença mental.
1. Mito: Não há esperança para os “doentes mentais”
Realidade: Todos os dias surgem mais tratamentos e estratégias para as pessoas com doença mental. A imagem do passado, do doente mental que não conseguia funcionar ou ser produtivo, já não é uma realidade. Hoje em dia as pessoas com doença mental podem ser ativas e produtivas.
2. Mito: As pessoas com doença mental são violentas
Realidade: A maioria dos “doentes mentais” não é mais violenta que a população em geral. É muito provável que conheça alguém muito perto de você que sofre de uma perturbação mental e, provavelmente, você não deu conta disso.
3. Mito: As doenças mentais não me atingem
Realidade: As doenças mentais são muito frequentes; podem atingir qualquer um de nós, independentemente da etnia, religião, gênero, nacionalidade ou estatuto econômico.
4. Mito: As doenças mentais surgem nas pessoas fracas de caráter.
Realidade: Cada pessoa tem as suas características e sabe-se hoje que as doenças mentais resultam de vários fatores biológicos, psicológicos e sociais. Há famílias que têm vários casos da mesma perturbação mental e há fatores sociais que podem levar uma pessoa a adoecer, como é o caso do desemprego de longa duração.
5. Mito: Os medicamentos são químicos e provocam dependência.
Realidade: O desenvolvimento da Medicina tem levado ao conhecimento do corpo humano e das alterações que as doenças provocam e dos medicamentos para as tratar. A Psiquiatria como ramo da Medicina não é exceção. Os medicamentos psiquiátricos devem ser usados sob orientação médica tal como noutras doenças.
6. Mito: As psicoterapias e autoajuda são uma perda de tempo.
Realidade: A psicoterapia é uma forma de tratamento, que normalmente tem indicação clínica, realizada por técnicos com formação específica. Muitas vezes são usadas em associação com o tratamento farmacológico.
Fonte: Saúde Mental