O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio neurodesenvolvimentista caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e interação social em múltiplos contextos.
Os sintomas de TEA são tipicamente reconhecidos durante o segundo ano de vida, mas podem ser notados antes dos 12 meses se os sintomas forem graves, ou após 24 meses se os sintomas forem sutis. Os sintomas do TEA variam em gravidade e podem interferir nas áreas sociais, ocupacionais e outras áreas importantes da vida.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), cerca de 1 em cada 54 crianças são diagnosticadas com TEA. O TEA é quatro vezes mais comum entre meninos do que entre meninas e ocorre em todos os grupos raciais, étnicos e socioeconômicos.
TEA e Genética
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição, uma variedade de fatores de risco não específicos podem contribuir para o desenvolvimento do TEA.
Estes podem incluir idade parental avançada, baixo peso ao nascer ou exposição fetal ao valproato. O DSM-5 também afirma que as estimativas de herdabilidade variam de 37% a mais de 90%, com base em taxas de concordância duplas.
Dada a complexidade do transtorno, e a forma como a gravidade dos sintomas varia, provavelmente há muitas causas de TEA. Além dos potenciais gatilhos ambientais identificados no DSM-5, os pesquisadores também estão estudando se outros potenciais gatilhos, como infecções virais, medicamentos, complicações durante a gravidez, ou poluentes atmosféricos desempenham um papel no desenvolvimento do TEA.
De acordo com a Clínica Mayo (EUA), vários genes diferentes parecem estar envolvidos no TEA, aumentando a complexidade do transtorno. O TEA pode estar associado a uma desordem genética: alterações genéticas podem aumentar o risco de TEA, ou genes podem afetar o desenvolvimento cerebral ou a forma como as células cerebrais se comunicam.
Um estudo publicado na JAMA Psychiatry em 2019, analisou os dados entre 2 milhões de pessoas em cinco países. Os resultados do estudo mostraram que 80% do autismo pode ser rastreado a genes herdados, em vez de efeitos maternos. O estudo levou em conta a gama de dados de herdabilidade resultantes da cultura de cada país em torno do autismo. Se um país tende a diagnosticar TEA com menos frequência, a herdabilidade é menor.
Fatores de risco conhecidos
À medida que os pesquisadores continuam a estudar tanto a genética quanto os fatores ambientais para obter uma visão mais clara do que contribui para o desenvolvimento do TEA, há alguns fatores de risco conhecidos a considerar.
- Sexo: Os homens têm 4 vezes mais chances de desenvolver TEA do que as mulheres.
- Histórico familiar: Famílias com uma criança diagnosticada com TEA são mais propensas a ter um segundo filho com TEA.
- Outras condições médicas
- Idade parental avançada
- Nascimento prematuro
Embora não haja como prevenir o TEA, existem opções de tratamento disponíveis. A intervenção precoce pode melhorar as habilidades sociais e de comunicação e ajudar as crianças a funcionar bem na escola, suas famílias e suas comunidades, embora a intervenção em qualquer idade seja útil.
Consequências Funcionais
Em crianças pequenas, as habilidades sociais e de comunicação prejudicadas podem afetar a aprendizagem, particularmente a aprendizagem em ambientes em grupo.
Rotinas fixas e dificuldade com transições (baixa flexibilidade), combinadas com possíveis sensibilidades sensoriais, também podem dificultar as refeições e as mudanças de horário tanto no ambiente escolar quanto em casa.
Para adolescentes e jovens adultos com TEA, as deficiências sociais e de comunicação podem afetar amizades e outras relações e déficits nas habilidades de funcionamento executivo podem prejudicar tanto os acadêmicos quanto as habilidades de vida diária funcional, mas os adolescentes com TEA também passam por mudanças comportamentais semelhantes às adolescentes neurotípicos.
Dormir tarde e procrastinação são bastante comuns entre os adolescentes, independentemente das habilidades sociais e de comunicação.
Como a Clínica Jequitibá Saúde Mental pode ajudar
Dicas para os pais
- Aprenda o máximo possível sobre o transtorno do espectro do autismo
- Forneça estrutura e rotina consistente
- Conecte-se com outros pais de crianças com autismo
- Procure ajuda profissional para preocupações específicas
- Tire um tempo para si e para outros membros da família
Ter um filho com autismo afeta toda a família. Pode ser estressante, demorado e caro, por isso prestar atenção à saúde física e emocional de toda a família é importante.
Na Clínica Jequitibá Saúde Mental todos os profissionais são altamente qualificados e possuem certificados internacionais. Somos especialistas num vasto leque de solicitações na área da psiquiatria, neurologia, psicologia e psicoterapia, seja de orientação psicanalítica (individual ou em grupo), orientação cognitivo comportamental, arte terapia, psicodrama, avaliação neuropsicológica, hipnose e demais.
Oferecemos um atendimento multidisciplinar diferente e personalizado, e dispomos de diferentes abordagens, escolhendo a mais adequada para cada situação. Contate-nos para uma conversa. Para nós cada paciente é único e temos a responsabilidade de ajudar as pessoas a recuperarem a qualidade de vida.