A saúde mental afeta a maneira como as pessoas pensam, sentem e agem. Cuidar da nossa saúde mental é tão importante quanto ter um corpo saudável e, como pai, você desempenha um papel importante na saúde mental de seu filho:
- Você pode promover uma boa saúde mental pelas coisas que diz e faz e pelo ambiente que cria em casa.
- Você também pode aprender sobre os primeiros sinais de problemas de saúde mental e saber onde procurar ajuda.
Como posso nutrir a saúde mental do meu filho?
Ajude as crianças a construir relacionamentos fortes e carinhosos:
- É importante que as crianças e os jovens tenham relações fortes com a família e os amigos. Passe algum tempo juntos todas as noites ao redor da mesa de jantar.
- Uma pessoa significativa que está constantemente presente na vida de uma criança desempenha um papel crucial em ajudá-la a desenvolver a resiliência. Essa pessoa – geralmente um pai ou outro membro da família – é alguém com quem seu filho passa muito tempo e sabe que pode recorrer quando precisar de ajuda.
- Mostre aos seus filhos como resolver problemas.
Ajudar crianças e jovens a desenvolver a autoestima, para que se sintam bem consigo mesmos:
- Mostre muito amor e aceitação.
- Elogie-os quando estiverem bem. Reconheça seus esforços, bem como o que eles alcançam.
- Faça perguntas sobre suas atividades e interesses.
- Ajude-os a estabelecer metas realistas.
Ouça e respeite seus sentimentos:
- Não há problema em crianças e jovens se sentirem tristes ou com raiva. Incentive-os a falar sobre como se sentem.
- Mantenha a comunicação e a conversa fluindo fazendo perguntas e ouvindo seu filho. A hora da refeição pode ser um bom momento para conversar.
- Ajude seu filho a encontrar alguém com quem conversar se ele não se sentir à vontade para falar com você.
Crie um ambiente doméstico seguro e positivo:
- Esteja ciente do uso de mídia do seu filho, tanto o conteúdo quanto a quantidade de tempo gasto nas telas. Isso inclui TV, filmes, Internet e dispositivos de jogos. Esteja ciente de com quem eles podem estar interagindo nas mídias sociais e jogos online.
- Tenha cuidado ao discutir questões familiares sérias – como finanças, problemas conjugais ou doenças – em torno de seus filhos. As crianças podem se preocupar com essas coisas.
- Providencie tempo para atividades físicas, brincadeiras e atividades familiares.
- Seja um modelo, cuidando de sua própria saúde mental: Fale sobre seus sentimentos e arranje tempo para as coisas que você gosta.
Em situações difíceis, ajude crianças e jovens a resolver problemas:
Ensine seu filho a relaxar quando se sentir chateado. Isso pode ser respirar fundo, fazer algo calmante (como uma atividade tranquila que eles gostem), passar algum tempo sozinho ou dar um passeio.
Fale sobre possíveis soluções ou ideias para melhorar uma situação e como fazer isso acontecer. Tente não assumir.
Quão comuns são os problemas de saúde mental entre crianças e jovens?
Muitas crianças apresentam uma condição de saúde mental diagnosticável. Exemplos incluem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ansiedade, depressão, abuso de substâncias, transtornos alimentares e dificuldades de aprendizagem.
Muito mais crianças têm problemas emocionais e comportamentais mais leves, mas significativos. Problemas de saúde mental podem afetar jovens em qualquer idade, mas certas situações podem colocar alguns jovens em maior risco, incluindo:
- Uma história familiar de doença mental.
- Novos imigrantes e refugiados que vivenciam circunstâncias econômicas difíceis.
- Crianças e jovens indígenas que têm uma saúde geral pior, vivem em comunidades isoladas e têm escassas oportunidades educacionais e relacionadas ao trabalho.
- Crianças e jovens que sofrem bullying e/ou rejeição de suas famílias.
- Grandes mudanças na vida, como mudança para uma nova cidade ou nova escola, separação de um cuidador, doença grave ou morte de um parente ou amigo próximo.
- Enfrentar ou testemunhar traumas, incluindo abuso.
- Uso de substâncias.
Como posso saber se meu filho ou jovem tem um problema de saúde mental?
Todas as crianças e jovens são diferentes. Se você está preocupado que seu filho possa ter um problema, verifique se há mudanças na maneira como ele pensa, sente ou age. Problemas de saúde mental também podem levar a mudanças físicas. Pergunte a si mesmo como seu filho está em casa, na escola e com os amigos.
Mudanças no pensamento
- Dizer coisas negativas sobre si mesmo ou se culpar por coisas além de seu controle.
- Problemas de concentração.
- Pensamentos negativos frequentes.
- Mudanças no desempenho escolar.
Mudanças nos sentimentos
- Reações ou sentimentos que parecem maiores do que a situação.
- Parecendo muito infeliz, preocupado, culpado, com medo, irritável, triste ou com raiva.
- Sentindo-se impotente, sem esperança, solitário ou rejeitado.
Mudanças de comportamento
- Querendo ficar sozinho muitas vezes.
- Chorando facilmente.
- Demonstrar menos interesse ou se afastar de esportes, jogos ou outras atividades que normalmente gosta.
- Excesso de reação ou explosões repentinas de raiva ou lágrimas por pequenos incidentes.
- Parecendo mais quieto do que o normal, menos enérgico.
- Problemas para relaxar ou dormir.
- Voltando a comportamentos menos maduros.
- Problemas para se dar bem com os amigos.
Mudanças físicas
- Dores de cabeça, de barriga, no pescoço ou dores gerais.
- Falta de energia ou sensação de cansaço o tempo todo.
- Problemas para dormir ou comer.
- Muita energia ou hábitos nervosos, como roer unhas, enrolar o cabelo ou chupar o dedo.
Lembre-se: Só porque você percebe uma ou mais dessas alterações não significa que seu filho ou jovem tenha um problema de saúde mental. Apenas fique atento!
Onde vou buscar ajuda?
Há muitas maneiras de ajudar seu filho a alcançar uma boa saúde mental. Compartilhar suas preocupações com o médico é uma delas. Converse com o médico do seu filho:
- Se os comportamentos descritos acima durarem algum tempo ou se interferirem na capacidade de funcionamento do seu filho;
- Se tiver preocupações sobre a saúde emocional e mental do seu filho;
- Sobre o desenvolvimento comportamental e a saúde emocional do seu filho em cada consulta.
Fonte: Caring for Kids
