Pandemia e Depressão: Como ajudar?

O novo coronavírus, o vírus causador da Covid-19, tem deixado transtornos e impactos sociais, econômicos, culturais e políticos pelo mundo. Mas quais são os efeitos psíquicos que uma pandemia de escala global pode provocar nas pessoas? Quais são as consequências do isolamento social?

De modo geral, há quatro reações possíveis à crise do coronavírus e ao decorrente isolamento social:

  • Para as pessoas estáveis psiquicamente, é tranquilo lidar com a situação;
  • Para os que durante esse período sentem-se saudavelmente preocupados, bastam primeiros-socorros psicológicos;
  • Há um terceiro grupo que jamais sofreu desses distúrbios antes, mas se vê sugado para dentro deles;
  • Por fim, há muitos indivíduos que já sofriam de grandes transtornos depressivos e tiveram sua condição exacerbada, desenvolvendo o que psicólogos clínicos chamam de “dupla depressão”, na qual um distúrbio depressivo duradouro acaba sobreposto por um episódio de dor insuportável.

O isolamento social desencadeia ao menos tantos distúrbios mentais quanto o medo do vírus em si, podendo até mesmo tornar as pessoas mais vulneráveis à doença que deve combater: pesquisadores determinaram que “o sistema imunológico de uma pessoa solitária responde de forma diferente ao combater um vírus invasor, tornando-a mais propensa a desenvolver uma doença”.

Existe uma linha muito tênue entre a ansiedade razoável e a ansiedade desenfreada e injustificada: a ideia de que as coisas não vão bem é razoável; a ideia de que agora nada jamais ficará bem pode ser indício de uma condição clínica. O ajuste gradual às nossas novas circunstâncias é algo esperado; a sensação de que cada dia é mais insuportável que o anterior é patológica.

A crise atual traz dois desencadeadores de enfermidades mentais: a tristeza, quando tememos por nossas vidas, e o estresse, quando nossos laços emocionais são enfraquecidos pelo isolamento social.

As autoridades continuam dizendo que o coronavírus será como uma gripe para a maioria dos contaminados, mas tem maior letalidade entre pessoas mais velhas ou com certas doenças crônicas. A lista de doenças crônicas, no entanto, deveria incluir a depressão causada pelo medo, pela tristeza e pela solidão. Deveríamos reconhecer que há uma grande parcela de gente para quem medicamentos não são indulgências e o toque não é um luxo. E que, para muitos de nós, o protocolo de lavar as mãos com álcool gel e vestir máscaras inadequadas não é nada se comparado à tarefa diária de desinfetar nossa própria mente.

Por isso, enquanto não conseguimos conter a disseminação do coronavírus, temos a obrigação de tentar conter o medo e desespero que ele provoca, sobretudo nas pessoas que já sofrem com algum quadro depressivo. É preciso fazer o que for necessário para evitar o colapso mental.

É vital reforçar a mensagem de que as doenças psiquiátricas não são “frescura” e muito menos “coisa de louco” – um preconceito que ainda existe.  Também é necessário buscar ajuda especializada quando há um sofrimento que está prejudicando o dia a dia.

Entre os sintomas que devem ligar o sinal de alerta, estão: o cansaço extremo, o desânimo recorrente, a preocupação exagerada com tudo e os pensamentos que não saem da cabeça sobre desastres ou morte.

O diagnóstico precoce dessas condições garante um tratamento mais tranquilo e eficaz. Também é importante não interromper terapias e medicamentos já prescritos.

Uma equipe multidisciplinar e competente pode fazer um diagnóstico completo e indicar qual o melhor tratamento para cada caso. A Clínica Jequitibá Saúde Mental está preparada para te ajudar, com um corpo clínico de especialistas capacitados às causas mais comuns no que se refere a psiquiátrica, neurologia e psicologia.

Não espere o problema se agravar. Agende um horário e saiba como podemos ajudar você a melhorar a sua autonomia, sua capacidade funcional e sua qualidade de vida.

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